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Entre as fruteiras tropicais nativas e exóticas, avaliadas na estação experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em Itajaí, o bacupari boliviano, que supera o peso do bacupari nacional em até quatro vezes, alcançou uma produtividade de 2 a 3 mil unidades por planta na última safra. Nativo da região de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, o fruto também conhecido como achachairu, além de saboroso e rico em polpa, é pouco atacado pela mosca-das-frutas, uma das principais pragas da atividade local.
Pesquisador fitotecnista, Eliseo Soprano diz que a qualidade frutícola superior do produto tem garantido uma aceitação excelente nos ensaios piloto, indicando alto nível de aceitação no mercado. Com o provável espaçamento recomendado e as 36 gramas de peso médio alcançadas pelo fruto na área, de acordo com ele, a produtividade pode ficar em torno de 15 a 17 toneladas por hectare.
No entanto, devido algumas restrições de propagação de mudas, a perspectiva é que em dois ou três anos alguns produtores regionais já tenham condições de oferecer o material. Com ótimas características de resistência de casca, durabilidade e potencial econômico, o fruto apresenta ainda longo tempo de vida útil no pé e na prateleira, favorecendo as etapas de cultivo, manuseio, transporte e comercialização.
— Testamos a multiplicação vegetativa e sexuada, nós tentamos as técnicas da alporquia e enraizamento de estacas sem muito sucesso. O método mais adequado de multiplicação é por semente, no qual a gente obtém em torno de 80% de poder de germinação. Outra grande vantagem da planta é que mesmo plantando semente, o bacupari inicia a produção rapidamente, em torno do quinto ano. Mas, aqui na estação, por enquanto, só temos mudas para experimentos— revela.
Introduzido no Brasil há cerca de vinte anos, o bacupari boliviano já é produzido em pequena escala, em algumas partes do Nordeste e determinados municípios de São Paulo. No litoral catarinense, a espécie chegou à propriedade de um empresário boliviano, no final da década de 80. A produção desse pomar e o processo de recomendação vêm sendo acompanhados, de perto, pela equipe da Epagri, nos últimos quatro anos.
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